sexta-feira, 9 de novembro de 2012

[Literatura] "Cinquenta Tons de Liberdade"

Fim de semana chegando e nem uma sombra de sol no céu, dia cinza e chuvoso, que tal, então, encerrarmos a nossa série de "Cinquenta Tons"? Pois é, a trilogia está chegando ao fim.


Com o lançamento do último livro da saga ("Cinquenta Tons de Liberdade") se encerra o ciclo do maior romance erótico dos últimos tempos, e eu tenho que dizer, deixou um gostinho de quero mais. De quero muito mais. Minha paixão pela trilogia é assumida e bem conhecida de voces, então vou me conter e ir direto à resenha, mas tenho que tomar cuidado pra não soltar nenhum spoiler.


Livro: "Cinquenta Tons de Liberdade" ("Fifty Shades Freed") 
Autor(a): E.L.James
Editora: Intrínseca.

Sinopse Oficial: "Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente. Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade."

Minha Sinopse/Crítica: Pra quem espera que o terceiro livro mantenha a direção do segundo e seja tão intenso quanto, já que rumamos para o final da série, irá se decepcionar. Não, o terceiro livro está longe de ser ruim, bem longe na verdade, não tem como o ser, mas ele entra numa linha descrescente, já que os maiores mistérios e medos foram revelados e, em sua maioria, superados no segundo livro do trilogia.

Christian se abriu, revelou seus traumas, seus medos e as circunstâncias que o levaram a ser quem são e ao estilo de vida que optou ter antes de conhecer a Ana. Ela, por sua vez, se descobriu mulher e capaz de amar uma pessoa como nunca pensou que fosse capaz. Juntos eles cresceram. No terceiro livro temos a continuação de todo esse romance lindo e cativante. Juntos, já casados, eles vivem sua intensa lua de mel, mas a realidade bate à porta assim que eles retornam a Seattle. Chefes loucos, ex-submissas, acidentes e imprevistos vão fazer o casal se aproximar ainda mais ou se afastar de vez. Jack volta a rondar, e dessa vez traz consigo todo um pedaço do passado de Christian que nem ele mesmo se lembrava. Leila faz Ana perceber que Christian não é tão frio assim e que, apesar de tudo, se importa com as pessoas, embora tenha um medo irracional de reconhecer isso. Mas nenhuma cena, pra mim, é mais linda que a do aniversário da Ana. O presente que Christian lhe dá é, muito mais do que lindo, especial e único, pra ambos. Perseguições, chantagens e perigos também estão no cardápio e dão ao livro um dinamismo absolutamente necessário depois de um começo que pode parecer cansativo, com tantas idas e vindas do passado para o presente, mas que não é menos interessante, excitante e apaixonante. Não desistam na primeira linha, por favor. O final pode não ser muito surpreendente, apesar de tenso. Confesso que pulei esse pedaço direto para o desfecho, a angustia era demais, mas voltei depois que vi como as coisas andavam. E os flashes do futuro são mais do que especiais. Além do mais, a querida E. L. James nos presenteia com o primeiro capítulo, do primeiro livro da trilogia ("Cinquenta Tons de Cinza") sob a visão de Christian, deixando a esperança de que um dia possamos ter um livro com a visão dele de toda a história. Eu mais do que quero!

Com certeza essa trilogia me conquistou. Me tornei uma grande fã não só da autora, mas de todos os personagens por ela criados. Todos de personalidade forte, marcante, cada um com seu traço, com seu charme e seu atrativo. Tive raiva da Kate, compaixão com a Ana, risos desenfreados com as personalidades dela e a deusa interior, me apaixonei perdidamente por Christian Grey (quem não quer um pra si?), e adorava Taylor, Gail e Sawyer. Ah! Sim, odiei a Mrs. Robinson e adorei quando ela foi colocada em seu devido lugar, com direito a martini, tapas e uma discussão feroz! Amei o romantismo, as declarações, os gestos. Os diálogos e principalmente os emails. Claro, quem não se empolgou e excitou com as cenas de sexo? Mas, como já disse, em um determinado ponto do caminho isso se torna secundário, principalmente depois de uma primeira leitura (sim, eu já estou na terceira).

Enfim, é uma pena que a trilogia tenha terminado, mas o foi em grande estilo, assim como todos os livros. Foi uma grata e recompensadora surpresa que eu recomendo, de olhos fechados, para todo mundo que tiver vontade de ler um livro interessante, cativante, empolgante e muito bem escrito, mas tenha a cabeça aberta, o tema é um tabu e o conteúdo sexual pode não agradar a todos.

Laters, baby.

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